domingo, 20 de janeiro de 2019

Extinta agremiação da Praça 14, Escola Mixta foi a precursora das escolas de samba de Manaus .

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Pavilhão e alguns troféus da histórica escola de samba Mixta da Praça 14 de Janeiro, a primeira de Manaus e que conquistou, em toda sua história, um total de 14 títulos

O Carnaval de Manaus já foi considerado o segundo melhor do País, inclusive com transmissões de emissoras de TV como a extinta Manchete

A precursora das agremiações carnavalescas da cidade foi a Escola Mixta de Samba da Praça 14 de Janeiro, fundada em 1946 e que existiu até o ano de 1962. “Seu primeiro presidente foi Fernando Medeiros, e o último Edmilson Costa. As cores do pavilhão da mais antiga escola de samba baré eram amarelo, preto e vermelho”, informa o historiador de Carnaval Daniel Sales. O nome é derivado da grande diversidade étnica, entre negros, caboclos e descendentes de portugueses da Praça 14 de Janeiro.

Tia Lurdinha, uma das mais famosas baianas, e quituteiras da Vitória Régia, desfilou por quase 30 anos pela Mixta. Ainda em vida ela sempre cantava um trecho de um samba de protesto da década de 1950 da antiga agremiação, de autoria de Zé Ruindade, onde “Não é direito /Não é legal / Mudar o nome de Praça 14 / Para Praça Portugal”.

Outra escola de samba contemporânea da Mixta foi a Voz da Liberdade, que trazia entre seus membros Zuíla Serra, a Dona Zuzu, hoje com 85 anos, uma das mais antigas baianas de Manaus e que desfila na Sem Compromisso. A Unidos da Cachoeirinha era outra agremiação famosa até então.

Na época da Mixta, quem também chamava atenção, mas não como escola de samba, era o Bloco Mocidade, que saía de uma serraria de Educandos com seus membros em cima de um caminhão e sempre aprontando surpresas para que os esperava na Eduardo Ribeiro (esse bloco desfilou de 1954 a 1978).

Com o fim da Escola Mixta, Manaus ficou sem desfiles de escolas de samba por quase uma década na Eduardo Ribeiro. Esse hiato acabou em 1971, quando surgiu a folclórica Unidos da Selva, das cores verde e branco, criada por militares do Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs), em sua maioria cariocas - e o retorno da Unidos da Cachoeirinha. Isso fez voltar a disputa entre as agremiações.  Em 1976 surgiu a Vitória Régia, a mais antiga escola de samba em atividade no Carnaval de Manaus.


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Jornalista e fundador da RCC, Umberto Calderaro foi homenageado pela Vitória Régia em 1995. 

"Tinta nas veias, a verdade nas mãos: na crítica de Calderaro ‘70 anos’ a voz de uma nação”. Esse é o tema do enredo que o Grêmio Recreativo e Escola de Samba Vitória Régia vai trazer para a passarela do samba amazonense no próximo Carnaval das Escolas de Samba do Grupo Especial de Manaus, em 2019.
Fonte: A CRITICA on-line
           PAULO ANDRÉ NUNES
           Caderno Carnaval Espeiciais
           16/01/2016 às 15:39

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