segunda-feira, 26 de setembro de 2016

ELEIÇÕES E A IMPORTÂNCIA DO VOTO

O voto foi expandido para todos os cidadãos com mais de 16 anos muito recentemente, mostrando que a participação política no país foi constantemente restringida.


voto, ou sufrágio, como é também conhecido, é um dos principais instrumentos utilizados para eleições de representantes políticos ou para tomar decisões políticas, em espaços em que há consulta popular para isso, como nos casos de referendos ou plebiscitos.
No Brasil, são eleitos através do voto diversos representantes políticos da população, como vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais, além de governadores e presidentes da República.
Desde a Constituição de 1988 que o sufrágio universal foi instituído para a escolha dos ocupantes desses cargos acima mencionados. Sufrágio universal significa que todo o cidadão dentro das normas legais tem direito ao voto. Tal configuração de participação política foi uma vitória no sentido de ampliação dos critérios da democracia representativa no país, já que todos os cidadãos com mais de 16 anos, homens ou mulheres, alfabetizados ou analfabetos, têm direito a escolher seu representante através do voto.
Porém, na história do voto do Brasil, nem sempre foi assim. As votações que existiam durante a colônia e durante o Império brasileiro estavam restritas a homens que detinham certo nível de renda. Com o advento da República, o voto foi estendido aos demais homens, mas não às mulheres. Estas somente puderam participar das eleições no Brasil a partir de 1932, com a reforma do Código Eleitoral.
A urna eletrônica substituiu as cédulas de papel, garantindo maior rapidez na apuração dos votos 

A existência dos períodos ditatoriais, como entre 1937 e 1945 e entre 1964 e 1985, diminuiu muito a abrangência da participação política dos cidadãos na escolha de seus representantes políticos. A restrição histórica à participação de boa parte da população na escolha de seus representantes através do voto fez com que o sufrágio universal estabelecido na Constituição de 1988 ganhasse uma enorme importância.
Através do voto, é possível ao eleitor e ao cidadão escolher dentre um leque de opções previamente estabelecido uma pessoa que o representará em algumas das instituições políticas por um período determinado. Essa escolha, na forma ideal, deve ser feita com consciência política e após uma análise das propostas do candidato e de sua viabilidade de aplicação, além do histórico pessoal e político do candidato.
Intensas campanhas são feitas para combater a compra de votos, uma prática ainda comum durante as eleições no Brasil. Através da compra do voto, políticos com maior poder econômico conseguem influenciar de forma considerada não ética um maior número de eleitores. A compra de votos é crime no Brasil, mas isso não quer dizer que ela não exista.
Por outro lado, diversos posicionamentos críticos em relação à democracia representativa apontam que os financiamentos de campanhas, que são legais, acabam também fazendo com que as classes que têm maior poder econômico coloquem seus representantes no poder, limitando a abrangência da democracia. Nesse caso, somente as campanhas eleitorais milionárias teriam capacidade de serem vitoriosas nas principais eleições.
Outra característica do voto no Brasil é que ele é obrigatório. Há campanhas para que o voto seja facultativo, uma escolha das pessoas que querem eleger seus representantes. A favor desse posicionamento há o argumento de que tal medida diminuiria os casos de corrupção nas eleições, além de ampliar a possibilidade de escolha dos cidadãos, já que poderiam começar escolhendo se querem votar ou não.
http://www.portalguiaescolas.com.br/

Há ainda posicionamentos de crítica mais profunda às eleições, principalmente as decorrentes das campanhas do voto nulo. A prática de anular o voto visa expor um descontentamento com todo o sistema da democracia representativa ou, em alguns casos, a insatisfação com os candidatos que são apresentados.
Em muitos casos, a crítica à representatividade indica uma limitação dessa forma de organização, que exclui da participação política direta a maior parte dos cidadãos, afastando-os desse tipo de prática, que se limitaria a votar apenas em certos períodos, em candidatos previamente escolhidos por agremiações. Nesse sentido, nos intervalos das eleições, os cidadãos ficariam afastados das decisões políticas, já que delegariam essa função a seus representantes.
Os vários posicionamentos no debate demonstram a importância do voto na prática política brasileira.
PINTO, Tales Dos Santos. "Eleições e a importância do voto"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/politica/importancia-voto.htm>. Acesso em 26 de setembro de 2016.

sábado, 20 de agosto de 2016

Festival das Araras será realizado em setembro na cidade de Tefé-AM

A Associação Folclórica da Araras lançou na noite do dia 31 de julho, na Praça Remanso do Boto, o Festival das Araras, o evento marcou a criação das associações Arara Vermelha e Arara Azul que se apresentarão oficialmente nos dias 09 de 10 de setembro em Tefé.

O Presidente da Arara Vermelha,Ronildo carvalho informou ao TeféNews que neste primeiro ano do projeto as duas araras prestarão homenagem ao povo Araras, uma das primeiras etnias da região.



O festival será realizado na Praça Remanso do Boto, nos dias 09 e 10 de setembro, e deve reunir cerca de 300 brincantes, da Arara Vermelha, representada pelo bairro São José com o tema “Amazônia: Místico Santuário”, e Arara Azul, do bairro de Jerusalém, com o tema “Uma Aldeia Mística”.


Fonte

terça-feira, 12 de julho de 2016

PELOS CAMINHOS DA ROÇA - PARTE I

A dança da quadrilha surgiu no interior rural e voltou para ele. Mas, agora, com uma roupagem estilizada para sobreviver e ser admirada pela mídia.



Este artigo é de autoria de César Vicente e foi publicado na edição nº 930 de junho/2013, da Revista Família Cristã da Editora Paulinas, sendo portanto bem atual para o que ora debatemos. Uma descaracterização brutal contra a originalidade de uma dança que ocorre de norte a sul do Brasil e que hoje tem sido alvo de inúmeras reclamações e debates sobre a autenticidade que está sendo esquecida, em nome do poder midiático da cultura popular espetacularizada.

As manifestações populares (festas, danças, culinária, arte, artesanato, etc) já não pertencem apenas aos seus protagonistas. As culturas tradicionais no mundo globalizado são também do interesse dos grupos midiáticos, de turismo, de entretenimento, das empresas de bebidas, de comidas e de tantas outras organizações socais, culturais e econômicas. (Osvaldo Meira Trigueiro)


Em três partes tentarei explicar o processo pelo qual essa dança popular passou até chegar aonde chegou, nos dias atuais.

"Olha a chuva! É mentira. Olha a cobra! Já mataram..." 

Que atire a primeira pedra quem nunca ouviu tais marcações de dança das quadrilhas, obrigatórias nas festas populares, que, sempre em junho, fazem do Brasil um imenso arraial. Em escolas, comunidades e clubes, entre fogueiras, pratos de comidas típicas e bandeirinhas coloridas estendidas por varais, os pares se compõem e, caracterizados por matutos ou caipiras estereotipados, recontam uma história que remonta à Inglaterra medieval.


História. Foi durante a Guerra dos Cem Anos (de 1337 a 1453) entre Inglaterra e França que esta última incorporou alguns costumes culturais do então inimigo, como uma dança típica do interior rural inglês cujo bailado era executado por grupos de quatro pares, a quadrille. Nos salões franceses, a novidade conquistou a nobreza e se espalhou pro toda a Europa. Daí - a bordo da corte real portuguesa, em 1822 - chegar ao Brasil foi um pulo. As quadrilhas se tornaram a dança oficial dos saraus do Rio de Janeiro e logo se vulgarizaram, caindo em cheio no agrado popular nacional.

Sucessivos processos de aculturação fizeram a dança ser praticada ao ar livre e ser assimilada pelo calendário da Igreja Católica em festas a louvor de São João, Santo Antônio e São Pedro, celebrados em junho, especialmente nos meios rurais, o que explica a indumentária campesina de seus participantes, inspirada na cultura caipira ou sertaneja. As finas sedas dos salões da nobreza, por exemplo, deram lugar à chita, um tecido bem mais barato e acessível. E, como na roça, o casamento é sempre motivo de longos festejos, as quadrilhas adotaram a forma de uma união fictícia, o que não foge demais das primitivas festas de São João na Europa, que já celebravam aspirações matrimoniais. É claro que, como em todos os festejos populares, nada é para ser levado a sério. 

No enredo desses casamentos, a noiva - juntamente com o noivo são as figuras principais de hoje - está indisfarçavalmente grávida, e o noivo se apresenta ao padre espontaneamente, ou seja, após ser dissuadido por um aparato policial, delegado incluído, fortemente armado e subvencionado pelo futuro sogro, geralmente um coronel ofendido. Não tem mais rei nem rainha, nem príncipe nem princesa.



quarta-feira, 1 de junho de 2016

Sujeitos à modernidade, festejos juninos se afastam progressivamente do formato original.

Adeus à tradição


Festas juninas atuais incorporam elementos modernos à tradição.
Na velocidade dos tempos modernos, pautados pelo ritmo de vida desordenado dos centros urbanos, os costumes tradicionais estão progressivamente perdendo forças. Festejos especiais do calendário brasileiro, como o carnaval e a Semana Santa, cada vez mais deixam de lado suas características originais para abraçar uma roupagem moderna que mais privilegia os eventos do que a cultura, antigamente passada de geração em geração. Com os festejos juninos, não é diferente. 
As festas juninas atuais surgiram a partir de celebrações dos povos pagãos europeus, que comemoravam a chegada do solstício de verão e a fartura da colheita, no dia 24 de junho. A festa só foi associada ao nome de São João Batista durante o período da Idade Média. Os festejos logo se popularizaram por diversos países católicos do continente europeu, como Portugal, França e Irlanda. 
No Brasil, as comemorações juninas desembarcaram junto com os colonizadores portugueses que além de São João trouxeram dois outros santos que foram associados às festas: Santo Antônio e São Pedro, cujos dias são comemorados em 13 e 24 de junho, respectivamente. As festas logo foram incorporadas aos costumes da alta corte portuguesa, sempre propensa a imitar os europeus. 
Mais tarde, os festejos foram adotados pela aristocracia rural da região Nordeste e em pouco tempo ganharam as fazendas e os arraiás, agregando à festa costumes e situações corriqueiras da vida no campo. 
Alexis Peixoto


O pesquisador Severino Vicente condena a descaracterização das
quadrilhas juninas.

Neste primeiro momento, as festas juninas ainda deviam algo às tradições européias, mas já começava a incorporar algumas tradições brasileiras e tipicamente nordestinas. Nas festas, dançava-se a quadrilha, que foi originada na França, mas também se dançava o côco de roda, a ciranda, o baião, o forró”, aponta o pesquisador Severino Vicente, da Comissão de Folclore da Fundação José Augusto. 
“Dessas manifestações, a única que ainda permanece ligada aos festejos juninos é o forró, embora de uma forma muito mais moderna”, completa. 
Outra tradição junina de antigamente que praticamente inexiste nos dias atuais, são as famosas simpatias. Durante as comemorações do dia de Santo Antônio era mais do que comum para as moças recitarem pedidos de casamento por meio de versos como “Santo Antônio querido/ Eu vos peço por quem sois/ Dai-me o primeiro marido/ Que o outro eu arranjo depois”. Os rituais ao pé da fogueira, entre afilhado e padrinho, onde o primeiro assumia as responsabilidades sobre o segundo também foram aos poucos sendo abandonados. 
As práticas de soltar balões e acender fogueiras têm sido cada vez mais restritas nas grandes capitais, principalmente devido a questões ambientais e relacionadas à segurança. 


“Hoje em dia o São João urbanizou-se. Perde-se com a falta de estudo, não há compromisso com a tradição”, aponta Vicente, fazendo um adendo. “Não sou contra a modernidade das quadrilhas estilizadas, por exemplo. O que não aprovo é a incorporação de elementos estrangeiros nos festejos. A modernização se estiver em equilíbrio com a tradição, é bem vinda. O que não pode é a descaracterização”, finaliza. 



Conheça a origem de alguns elementos típicos das festas juninas:



Fogueiras:  Existem duas versões que explicam a origem da fogueira nos festejos juninos. A primeira diz respeito ao costume pagão de acender fogueiras em comemoração a chegada do solstício de verão. Já a tradição católica, aponta para um acordo feito pelas primas Maria e Isabel. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel teria de acender uma fogueira sobre um monte. 



Fogos de artifícioNo Brasil, os fogos de artifício são utilizados para despertar São João Batista que, segundo a tradição católica dorme durante os três dias de festas juninas. 



Comidas típicas: Junho é o mês mais propício para a colheita do milho. Logo, as comidas típicas das festas juninas, como a canjica, pamonha e o milho assado, utilizam este vegetal como principal ingrediente. 



QuadrilhaA quadrilha surgiu nos salões aristocráticos da França, no século XVIII. Desde então, ganhou diversas releituras em outros países europeus até chegar ao Brasil, por intermédio da corte portuguesa. Em pouco tempo, fundiu-se com outras danças típicas do país e deu origem a popular “quadrilha matuta”. 



Balões: Embora hoje seja uma prática proibida por lei, o hábito de soltar balões servia para avisar as crianças sobre o início da festa.


FonteAlexis Peixoto, 
 

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Vamos falar de cultura

CONVIDO PARA REFLETIR!

vamos falar de cultura
Cultura é a roda de samba, a cerveja depois do trabalho, a praia no final de semana, o improviso das favelas, o biquíni das meninas, o pão com manteiga de manhã, a feijoada no sábado, o churrasco no domingo, a moqueca na Semana Santa, a roda de capoeira, a molecada jogando futebol num campinho qualquer, as tantas manifestações folclóricas…
Cultura são os cantores das noites, as bandas de amigos, os blocos de carnaval, os artistas das ruas, os artesãos das feirinhas, os homens dos cordéis, as mulheres das rendas, os repentistas do sertão, os funkeiros dos morros, os violeiros do pantanal, os rappers da periferia, os aposentados das praças, os pintores e escritores independentes, os poetas dos bares…
Cultura independe do governo. Cultura não se fabrica. Não se controla. Cultura é como o mercado. Acontece. Incontrolável. Indomável como a língua, que se transforma o tempo todo, a despeito do que os acadêmicos planejam. Quando a cultura vira política de governo, deixa de ser cultura. Vira panfleto.
O fim do ministério da Cultura teria um único resultado prático: Artistas que se acostumaram com o dinheiro do governo teriam que captar recursos diretamente na sociedade.
Se o MinC e as leis de incentivo fossem extintas, pessoas como Chico Buarque teriam que fazer mais shows para manter seus estilos de vida. Teriam que se aproximar do povão. Aqueles que não quiserem se “vender ao mercado” buscando patrocínio de empresas privadas, teriam que fazer campanhas de crowdfuding na internet, assim como milhares de artistas independentes já estão fazendo. Com toda certeza, artistas consagrados não teriam dificuldades em viabilizar seus projetos a partir de doações espontâneas de pessoas comuns, suas fãs. As produtoras que se especializaram em captar recursos via leis de incentivo teriam que se especializar em captar recursos no mercado, na sociedade.
O ministério da Cultura representa um dos piores efeitos da democracia: A maioria sendo obrigada a financiar projetos que apenas uma pequena minoria usufrui. Cidadãos sendo obrigados, via pagamento de impostos, a bancar projetos que não lhes interessam. Filmes inteligentinhos. Exposições grotescas. Livros que ninguém lê.
O argumento de que o fim do MinC seria um atentado contra a cultura nacional insulta os inúmeros artistas que trabalham por conta própria, vivendo do talento que têm, sustentando suas vidas e suas artes na medida em que satisfazem outras pessoas.
O ministério da Cultura sempre foi um cabidão de empregos e uma fonte de dinheiro para uma elite composta por artistas famosos ou apadrinhados.
O ministério da Cultura é um vetor de concentração de renda. Metade dos recursos captados em 2015 foram destinados a apenas 3% dos projetos aprovados. Como levantou o Spotniks, entre 2005 e 2015 o orçamento da Ancine saltou de R$ 19 milhões para R$ 660 milhões, obtendo resultados nada proporcionais. Em 2008, foram lançados 79 filmes. Em 2015, 128. O número de expectadores cresceu de 89 para 155 milhões no período, porém, mantendo a média de 12% de interesse nos filmes nacionais. O que isso significa? Que por mais que se injete dinheiro no setor, o grande público não passa a se interessar mais pelos filmes nacionais; e por uma razão muito simples: A maioria das produções é feita apenas para o prazer da elite cultural.
E por falar em cinema…
A maior produção cinematográfica do mundo está na Índia, onde são feitos mais que o dobro do número de filmes feitos em Hollywood, sem dinheiro do governo. Sem programas de proteção ao cinema nacional, apenas 10% dos filmes assistidos na Índia são americanos. Os indianos pobres assistem até 5 vezes mais filmes do que os ricos. São vendidos mais de 3 bilhões de ingressos por ano. Na Índia, atores e produtores não trabalham para emocionar Hollywood, Cannes ou Berlin. Trabalham para emocionar dos indianos.
Falta honestidade ao cinema brasileiro.
A Ancine se assemelha em conceito, prática e resultado ao BNDES. Ambos injetaram dinheiro público em determinados setores que hoje continuam dependentes do governo, comprovando o que os liberais dizem desde sempre: Subsídios geram ineficiência.
A TV Brasil, criada por Lula, têm quase zero % de audiência, mas conta com um orçamento de meio bilhão por ano. Por que o povão não assiste o canal? Porque sua programação é um lixo. É para isso que existe o governo: Dizer que lixo é cultura.
É preciso esclarecer que a lei Rouanet não é uma simples lei que converte impostos em investimentos culturais. A burocracia do “benefício” exclui a quase totalidade dos artistas, já que para desvendá-la é necessária a contratação de uma agência ou produtora especializada. Por isso não vemos micro e pequenas empresas patrocinando artistas desconhecidos. Elas não conseguem sequer preencher os formulários, dada a complexidade e restrições da papelada.
Mesmo que um projeto vença a burocracia, ele e seu autor serão avaliados por uma comissão com escancarado viés ideológico. Projetos ou artistas avaliados como ameaça aos ideais socialistas são vetados. Parece exagero, mas é assim mesmo que funciona. Em resumo, a lei Rouanet é uma mera formalidade entre amigos.
Graças a lei Rouanet, R$ 1,4 bilhão deixaram de ser pagos em impostos em 2015. A título de comparação, a Polícia Federal contou com uma verba de R$ 1 bilhão no mesmo ano; e Dilma, antes de sair, mandou reduzir a verba da PF em 13%.
A extinção do MinC não acabaria com a cultura nacional. Acabaria apenas com a elite cultural bancada com dinheiro público, fazendo com que a classe artística e intelectual se tornasse mais criativa, se aproximasse mais da sociedade, se tornasse independente.
Ainda não foi dessa vez.
Acuado, Michel Temer recriou o MinC uma semana depois de extingui-lo. Não suportou a pressão.
Comprovou-se, assim, que a elite cultural utiliza seu poder de mobilização apenas em benefício próprio, esbanjando demagogia, arrogância e soberba. Apesar do discurso, não tem nada de altruísta. É completamente indiferente à situação do país. Exige que seus projetos sejam tratados com prioridade nacional. Não tem pudor em dizer que se não tiver acesso ao dinheiro público, a cultura do país cairá em desgraça. Não por acaso, dessa elite nunca vimos um único protesto contra os absurdos do governo do PT. Foram 13 anos de bajulações.
A cultura somos nós. Eles são os parasitas.
Postado Em oão Cesar de Melo

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

As 10 igrejas mais antigas do Brasil

1. Igreja da Misericórdia, 1526, Porto, Seguro (BA)
Erguida com o nome de Nossa Senhora dos Passos, era feita de taipa de pilão. Foi reconstruída logo em 1535. A versão atual é resultado de uma reforma de 1776. Atualmente, abriga um museu de arte sacra, que inclui uma peça rara, de 1585, uma escultura de Nosso Senhor dos Passos, cravejada com rubis. Faz parte do complexo
de edifícios tombados da chamada cidade alta de Porto Seguro.
2. Igreja da Graça, 1535, Salvador (BA)
Foi construída por Diogo Álvares Corrêa, o Caramuru, quando Salvador era apenas um povoado pequeno, gerido por degredados. Sua esposa, a índia convertida ao cristianismo Paraguaçu, teria tido a visão da imagem de Nossa Senhora que inspirou a construção – e que depois teria sido encontrada na costa. Desde 1586 o templo pertence ao Mosteiro de São Bento, e foi reformado e ampliado em 1645 e em 1770.
3. Igreja do Rosário, 1535, Vila Velha (ES)
A capela foi construída a mando do primeiro donatário da capitania do Espírito Santo, Vasco Fernandes Coutinho, que trouxe para a região relíquias de dois santos e mártires, São Colombo e São Liberado. Em 1551 foi ampliada por jesuítas, que incluíram no espaço único planta com nave, coro e capela principal. Uma de suas reformas foi realizada com dinheiro cedido pelo imperador dom Pedro II, que visitou o templo em 1860.
4. Igreja dos Santos Cosme e Damião, 1536, Igarassu (PE)
Levantada a mando do capitão Afonso Gonçalves para celebrar uma vitória contra os índios caetés onde hoje fica a cidade vizinha de Recife, foi depredada durante a invasão holandesa a Pernambuco e reconstruída em 1654 – em 1690, veio abaixo novamente, para ser reerguida em 1696. É tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1951.
5. Igreja Nossa Senhora Santana, 1537, Ilhéus (BA)
Construída em uma área doada à família do terceiro governador-geral do Brasil, Mem de Sá, que também ergueu ali um engenho de açúcar que se manteve produtivo por mais de 300 anos. A capela foi usada pelos missionários cristãos como base para catequizar o litoral e o interior da região. Fica no distrito de Rio de Engenho, zona rural da cidade. Foi aberta ao público em 2013, após ser restaurada.
6. Igreja Nossa Senhora do Monte, 1537, Olinda (PE)
As monjas que mantêm o templo cantam durante as missas e, na porta lateral, vendem biscoitos de uma receita suíça. Duarte Coelho Pereira, o primeiro donatário da capitania de Pernambuco, escolheu o local para receber uma igreja, entregue aos monges beneditinos em 1596, que construíram um mosteiro e uma enfermaria. Grande parte da arquitetura e da decoração atuais data de ampliações do século 17.
7. Paróquia de Nossa Senhora da Luz, 1540, São Lourenço da Mata (PE)
Desabou parcialmente em 1998, mas continua aberta aos fiéis desde os tempos em que a região servia de refúgio para os portugueses que se escondiam dos índios ou dos holandeses. No dia 2 de fevereiro é celebrada a festa da padroeira, cuja estátua teria sido encontrada a primeira vez por caçadores e, então, roubada várias vezes, para sempre reaparecer de forma misteriosa.
8. Igreja de Nossa Senhora da Graça, 1551, Olinda (PE)
Feita de taipa para dar suporte ao trabalho dos evangelizadores jesuítas, foi reconstruída em 1567, em alvenaria, e ampliada duas vezes, ainda no século 16. Sofreu com um incêndio em 1631 e ficou fechada durante a ocupação dos holandeses. Reaberta na década de 1660, a igreja passou a fazer parte de um complexo que incluía um colégio onde o padre Antônio Vieira, no início das suas atividades, deu aulas de retórica.
9. Igreja Nossa Senhora da Vitória, 1561, Salvador (BA)
Instalado no começo do Corredor da Vitória, perto do Museu de Arte da Bahia, o templo preserva uma coleção de imagens barrocas do século 18. A atual fachada data da reforma de 1910. Mas a igreja ainda segue com elementos do desenho inicial, projetado pelos portugueses para dar conta da população de fiéis que aumentava rapidamente desde a transformação da cidade em capital do Brasil, em 1549.
10. Igreja Nossa Senhora do Carmo, 1590, Rio de Janeiro (RJ)
Era a igreja oficial da família real brasileira, onde foram coroados dom Pedro I e dom Pedro II. Os mais importantes integrantes da realeza casaram ali. A História da igreja data da consolidação do controle português sobre o Rio de Janeiro. Escavações de 2008 localizaram sinais de que a primeira capela ficava sobre a areia e de frente para o mar. A igreja é obra dos carmelitas.
Fonte: Aventuras na História.com.br
Tiago Cordeiro

sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

Dia Mundial da Paz

O dia 1º de janeiro é mundialmente conhecido como o dia da paz.
A paz é um sentimento que temos quando mantemos uma relação harmoniosa com outras pessoas, causando um estado de tranquilidade e de não violência. É também um estado de quietude de um lugar, sem barulho, movimento e agitação.
Contudo, há dois mil anos, os povos babilônicos comemoravam o início do ano em março, em agradecimento à chegada da primavera no hemisfério norte, época em que voltariam a plantar, ficando conhecida como a época do reinício da vida.
Porém, foram os romanos que escolheram o dia primeiro de janeiro como a data do Ano Novo, sendo inserida no calendário gregoriano em 1582.
Somente em 1967 a data foi instituída, tornando-se oficial, através do Papa Paulo VI, entrando em vigor a partir de 1968.
O ano de 1968 foi de muita violência, marcado pela guerra do Vietnã. Além dessa, outras guerras já tinham agredido o mundo, causando a morte de milhares de pessoas.
Com isso, o Papa passou a escolher um assunto para ser lembrado, especialmente nesta data, a fim de tocar o coração das pessoas, tornando-as mais humanas e interessadas no bem comum, na paz entre os homens.
Até hoje foram abordados ao total quarenta e dois temas, expostos nos discursos dos papas durante a ceia de natal. As questões lembradas ficam por conta de assuntos como solidariedade, conflitos mundiais, pobreza, infância e adolescência, educação, direitos humanos, perdão, etc., estando na pauta de 2009 o tema “Combater a Pobreza, Construir a Paz”.
Em seu último discurso, nessa data, o Papa falou da globalização, proferindo que esta deveria se estender a abordar a moral e a espiritualidade dos homens, que segundo as Leis Divinas formam uma única família, motivo pelo qual devem controlar seus impulsos e seguir os princípios da responsabilidade e da fraternidade.
Fonte:
Publicado por: Jussara Barros em Janeiro